Folha de S. Paulo


França enfrentou, mas não acabou com as ameaças, diz presidente

O presidente francês, François Hollande, pediu nesta sexta-feira (9) união após os ataques terroristas de Paris, afirmando que a "França enfrentou, mas ainda não acabou" com as ameaças.

"A França, apesar de consciente de que fez frente [à ameaça], de dispor de forças de segurança integradas por homens e mulheres capazes de coragem e bravura, não acabou com as ameaças de que é alvo", disse.

"Faço um pedido para que mantenham a vigilância, a união e a mobilização", afirmou, acrescentando: "Somos uma nação livre que não se rende à pressão", afirmou.

As declarações foram feitas durante discurso à nação, transmitido ao vivo pela TV pouco antes das 20h locais (17h de Brasília), após a dupla ação das forças de segurança contra três terroristas que mantiveram reféns em dois locais separados, desatando pavor em toda Paris.

As ações terminaram com os três terroristas mortos. Em seu pronunciamento, o presidente confirmou a morte de quatro reféns em um supermercado kosher no leste de Paris.

Entre os terroristas mortos estão os dois irmãos suspeitos pelo ataque ao jornal satírico "Charlie Hebdo", que morreram quando a polícia invadiu seu esconderijo.

Um homem identificado como Amedy Coulibaly, 32, que mantinha ao menos cinco reféns em um supermercado kosher em Porte de Vincennes, no leste de Paris, também foi morto, dizem autoridades. O líder francês classificou a situação com reféns no supermercado kosher como um "ato antissemita terrível".

Previamente, a polícia francesa havia identificado Coulibaly e uma mulher chamada Hayat Boumeddiene, 26, como suspeitos na morte de uma policial ao sul de Paris na quinta-feira (8). Ainda não há informações sobre o paradeiro de Boumeddiene, disse a polícia.

Os irmãos Said Kouachi, 34, e Chérif Kouachi, 32, morreram enquanto mantinham um refém em uma pequena gráfica em Dammartin-en-Goele, a 35 km a nordeste da capital francesa. O refém foi libertado, diz a polícia. Previamente, eles haviam afirmado estar prontos para morrer.

Editoria de Arte/Folhapress
Sequestro na França - Paris - Charlie Hebdo - Chamada para Home - VAle Este - Gráfica

As forças de segurança lançaram uma grande operação contra os dois locais nesta sexta-feira.

Na quarta-feira (7), os irmãos deixaram 12 mortos e 11 feridos ao atacar o "Charlie Hebdo", conhecido por zombar das religiões.

Tentando evitar novos ataque, o gabinete da prefeita de Paris fechou todas as lojas ao longo da rua Rosiers, no famoso bairro de Marais, no coração do distrito turístico de Paris. Horas antes do shabat judeu, a rua fica normalmente lotada com compradores —judeus franceses e turistas. A rua também fica a apenas um quilômetro de distância da sede do "Charlie Hebdo".

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