Folha de S. Paulo


Suspeito de ataque a mercado de Paris tem relação com irmãos foragidos

Amedy Coulibaly, um conhecido islamista radical francês de 32 anos, é o suposto autor da tomada de reféns desta sexta-feira (9) supermercado kosher de Paris.

Ele também é suspeito do assassinato de uma policial municipal francesa na quinta, em Montrouge.

Segundo a emissora "France Info", Coulibaly vive em Fontenay-aux-Roses, perto de Montrouge e "está ou esteve" em contato com o grupo "red de Buttes Chaumont", do 19º distrito de Paris, grupo responsável pela radicalização de Chérif Kouachi, um dos suspeitos pelo atentado ao jornal "Charlie Hebdo" na quarta (7).

Além disso, Coulibaly foi condenado a cinco anos de prisão em dezembro de 2013 por tentar ajudar na fuga de Smain Ait-Belkacem, antigo membro do Grupo Islâmico Armado (GIA), organização argelina responsável pelo atentado na estação do metro parisiense Museu de Orsay, que deixou 30 feridos em 1995.

Este caso mais uma vez une os nomes de Coulibaly e de Chérif Kouachi, que também esteve relacionado com a tentativa de fuga de Smain Ait-Belkacem.

Reprodução/Twitter/prefpolice
Amedy Coulibali (D) e sua companheira, Hayat Boumeddiene, em foto divulgada pela polícia francesa
Amedy Coulibali (D) e sua companheira, Hayat Boumeddiene, em foto divulgada pela polícia francesa

A polícia divulgou hoje a foto de Coulibaly e a de sua companheira, Hayat Boumeddiene, 26, por causa de uma suposta relação dos dois com o assassinato em Montrouge.

Chérif chegou a ser detido no caso, mas foi liberado sem acusações.

"Podem estar armados e são perigosos" explicou a polícia francesa, que pede a colaboração dos cidadãos para detê-los.

Segundo a mídia francesa, Coulibaly é o homem que entrou nesta sexta, armado de uma AK 47, onde mantém ao menos cinco reféns.

"Já sabem quem sou", teria dito ao entrar no mercado Hyper Cacher, que vende produtos "kosher" (consumidos pela comunidade judaica).

A outra suspeita que teve suas fotos divulgadas, Hyat Boumeddiene, seria a companheira de Coulibaly e teria vivido em sua casa enquanto ele estava preso, segundo o jornal "Le Monde".


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