Folha de S. Paulo


'União' é a melhor arma da França contra ataques, diz Hollande

Em pronunciamento na TV francesa, o presidente François Hollande pediu a "união" do país como reação ao atentado à sede do jornal satírico francês "Charlie Hebdo", que deixou 12 mortos nesta quarta-feira (7), em Paris. Ele disse que as vítimas são "nossos heróis".

"Nossa melhor arma é a união. Nada pode nos dividir e nada pode nos colocar uns contra os outros", disse Hollande, ao discursar brevemente.

Diante de um ataque que classificou como "covarde", o presidente francês defendeu que "a liberdade sempre será mais forte que a barbárie". "Nós vamos vencer porque todos temos a capacidade de acreditar no nosso destino", disse.

Previamente, em frente à sede do jornal, Hollande afirmou não haver dúvida de que o ataque foi terrorista.

Kenzo Tribouillard/AFP
Presidente da França, François Hollande (centro) chega à sede do jornal satírico francês 'Charlie Hebdo
Presidente da França, François Hollande (centro) chega à sede do jornal satírico francês 'Charlie Hebdo'

"A França é ameaçada porque, assim como outras nações, nós somos um país de liberdade", disse no local.

Nenhum grupo havia assumido a autoria do atentado até às 17h20 (hora de Brasília) desta quarta.

O jornal já havia sofrido ataques por publicar caricaturas de líderes muçulmanos e do profeta Maomé. Em 2011, a redação foi alvo de um incêndio criminoso após ter publicado uma série de caricaturas sobre Maomé.

Segundo o presidente francês, "todo o país foi atacado" com o atentado desta quarta. Ele ainda ressaltou que seu governo "fará tudo" para encontrar os assassinos –que também serão tratados "com rigidez"–, mas também para proteger os franceses em lugares públicos.

O presidente francês determinou que esta quinta-feira (8) será um "dia de luto" no país e convocou um momento de silêncio em todo o serviço público francês ao meio-dia (hora local). As bandeiras ficarão a meio-mastro em todo o país pelos próximos três dias.


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