Folha de S. Paulo


Saiba quem são as vítimas do atentado ao "Charlie Hebdo", em Paris

AFP
Os cartunistas mortos no ataque Wolinski, Cabut, Charb e Tignous
Os cartunistas mortos no ataque Wolinski, Cabut, Charb e Tignous

STÉPHANE CHARBONNIER (CHARB)
(1967-2015)

Trabalhava no "Charlie Hebdo" desde julho de 1992 e era seu diretor desde 2009.

Fez diversas declarações sobre a liberdade de imprensa nas polêmicas que envolveram a publicação. Em 2011, foi entrevistado pela Folha. Na ocasião, disse: "Usar nossa liberdade em um país livre não é provocação. Se for uma provocação, então provocamos em todas as semanas."

Em 2013, ele assinou dois quadrinhos que contavam a vida de Maomé.

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Capa do
Capa do "Charlie Hebdo" assinada por Chab mostra militante do Estado Islâmico ameaçando Maomé

JEAN CABUT (CABU)
(1938-2015)

Cartunista. Começou a carreira de desenhista aos 14 anos. Após lutar na guerra da Argélia, na década de 1950, se tornou um antimilitarista. Em 1960, passou a trabalhar na revista "Hara-Kiri Hebdo", que deu origem ao "Charlie Hebdo".

No "Charlie Hebdo", ocupava a função de diretor artístico. Foi autor da capa que retratou Maomé dizendo:"É difícil ser amado por tolos".

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Desenho de Jean Cabut retratou Maomé dizendo:
Desenho de Jean Cabut retratou Maomé dizendo: "É difícil ser amado por tolos"

GEORGES WOLINSKI
(1934-2015)

Cartunista. Nascido na Tunísia, tinha mãe franco-italiana e pai polonês. Foi morar na França aos 13 anos. Nos anos 1960, fez parte da equipe da"Hara-Kiri Hebdo", que deu origem ao "Charlie Hebdo". "Sou um cronista da atualidade, da política, do tempo que passa", disse ao site francês Bedetheque.
Além de desenhar para o "Charlie Hebdo", colaborava com o "Journal du Dimanche" e a "Paris Match".

BERNARD VELHAC (TIGNOUS)
(1957 - 2015)

Cartunista. Nascido em Partis, desenhava para a imprensa desde 1980. Colaborava com o "Charlie Hebdo" e outras publicações, como "Télerama", "L'Humanité", "L'Express"

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Capa de Tignous para o “Charlie Hebdo”
Capa de Tignous para o Charlie Hebdo

BERNARD MARIS
(1946 - 2015)

Economista e jornalista, era um dos sócios do "Charlie Hebdo" e escrevia na publicação sob o pseudônimo "Oncle Bernard".

PHILIPPE HONORÉ (HONORÉ)
(1941 - 2015)

Cartunista. Foi o autor da última charge tuitada pela conta do "Charlie Hebdo", retratando o líder do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi.

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 Cartum satirizando o líder do EI, Abu Bakr al-Baghdadi, última públicação de jornal antes de atentado
Cartum satirizando o líder do EI, Abu Bakr al-Baghdadi, última públicação de jornal antes de atentado

FRÉDÉRIC BOISSEAU

Funcionário da manutenção predial. Tinha 42 anos. Era casado e deixa dois filhos.

FRANCK BRINSOLARO

Policial. Era responsável pela segurança do diretor do "Charlie Hebdo", Stéphane Charbonnier. Foi morto na sala de reunião, junto aos cartunistas.

AHMED MERABET

Policial. Morto quando os terroristas estavam em fuga, já no exterior da sede da redação. Sua execução foi filmada por testemunhas que estavam no prédio vizinho.

MICHEL RENAUD

Convidado da redação. Tinha sido convidado por Cabu a participar da reunião, após lhe entregar desenhos que haviam sido emprestados para uma exposição, segundo o "Le Monde"

MUSTAPHA OURRAD

Revisor do "Charlie Hebdo", trabalhou por muitos anos na revista "Viva". Segundo o jornal "Le Monde", era argelino e órfão.

ELSA CAYAT

Colunista e analista


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