Folha de S. Paulo


Vários nazistas se refugiaram na Argentina

O caso do médico nazista Carl Vaernet, que fugiu para a Argentina para não ser julgado, não é isolado: uma comissão que estudou o tema no fim dos anos 1990 calcula que cerca de 180 tenham ido ao país após a Segunda Guerra.

O nome mais famoso é o do coronel Adolf Eichmann. Em 1960, ele foi sequestrado pelo Mossad e levado a Israel, onde foi sentenciado à morte.

O historiador German Friedmann explica que a Argentina foi destino de nazistas por dois motivos principais: as fronteiras eram porosas e os governos dos anos 1940 e 1950 eram simpáticos ao fascismo.

"[Juan Domingo] Perón tinha simpatia pelos alemães. Os militares argentinos admiravam o Exército prussiano, estudaram as Forças Armadas alemãs."

"Um setor do governo era germanófilo", diz a historiadora Beatriz Bragoni. Após a guerra, houve uma busca por trabalhadores especializados e cientistas que serviram a Alemanha nazista, relata.


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