Folha de S. Paulo


Funeral de policial morto em NY atrai milhares de agentes e vice-presidente

Milhares de policiais de diferentes partes dos Estados Unidos compareceram, neste sábado, em Nova York, ao funeral do policial de origem porto-riquenha Rafael Ramos, que foi morto a tiros há uma semana.

Ramos, 40, e seu colega Liu Wenjian, 32 foram mortos no dia 20 de dezembro à tarde por um homem negro que cometeu suicídio pouco depois. Os policiais estavam dentro de um carro de patrulha, que estava estacionado em frente a um conjunto residencial no Brooklyn.

O autor do ataque, Isamaaiyl Brinsley, tinha justificado o crime em redes sociais observando que queria vingar as recentes mortes de dois afro-americanos por policiais brancos. A polícia disse que ele estava perturbado e tinha atirado e ferido uma ex-namorada em Baltimore mais cedo naquele dia.

Os serviços funerários para o oficial Rafael Ramos começou sábado, na igreja Christ Tabernacle, no Queens. Casado e com dois filhos, Ramos entrou para a polícia em 2012 e estava se preparando para ser pastor.

O vice-presidente Joe Biden falou no início da cerimônia. "Quando bala de um assassino alvejou dois oficiais, atingiu a cidade e tocou a alma de uma nação inteira", disse.

Já o governador Andrew Cuomo disse que os disparos em plena luz do dia foi "um ataque a todos nós."

Quando a família Ramos chegou, o filho mais velho estava vestindo a jaqueta do Departamento de Polícia de Nova York do pai e foi abraçado por um oficial da polícia. "O que aconteceu com meu pai foi uma tragédia", disse o filho de Ramos, Justin. "Mas sua morte não será em vão."

O prefeito Bill de Blasio deve falar mais tarde e Bill Bratton, chefe da polícia novaiorquina, também deve participar.

Planos para o funeral do parceiro de Ramos ainda não foram anunciados.

O tiroteio abalou a cidade e pôs fim aos protestos de larga escala que criticavam a polícia sobre uma série de mortes de homens negros desarmados.


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