Folha de S. Paulo


Cuba liberta americano em troca de três dos Cinco Cubanos

Cuba libertou nesta quarta-feira (17) um prisioneiro da inteligência americana –que estava detido havia mais de 20 anos– como parte de um acordo com Cuba, que deve preceder uma mudança significativa na política americana para a ilha.

Segundo autoridades, os EUA devem começar a negociar com o governo da ilha para normalizar as relações diplomáticas, rompidas em 1961, e até reabrir a embaixada.

Em troca, os EUA libertaram três agentes de inteligência de Cuba condenados por espionagem em 2001.

O nome do agente da inteligência dos EUA ainda não foi revelado.

Os três cubanos pertencem ao grupo dos Cinco Cubanos, um quinteto de espiões presos nos EUA. Dois deles já foram libertados e voltaram para Cuba, onde foram recebidos como heróis.

Cuba libertou também Alan Gross, que havia sido preso em dezembro de 2009 enquanto trabalhava para estabelecer um acesso de internet pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid, em inglês), que promove a democracia no país comunista.

Era sua quinta viagem a Cuba para trabalhar com comunidades judias em montar um sistema que burlasse a censura local.

Segundo Cuba, Gross queria promover uma revolta no território comunista.

Em 2011, ele foi condenado a 15 anos de prisão por enviar espiões ao país.

O presidente dos EUA, Barack Obama, e o ditador de Cuba, Raúl Castro, farão anúncios na tarde desta quarta.

Obama deve anunciar mudanças diplomáticas em relação a Cuba.

Os dois países romperam relações diplomáticas em 1961 e desde então mantêm um relação tensa, que recrudesceu nos últimos anos depois da prisão dos cinco espiões cubano e da prisão de Gross.


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