Autoridades mexicanas disseram neste sábado (6) que, entre os restos humanos encontrados em um lixão de Cocula, estava os de 1 dos 43 estudantes da escola normal de Ayotzinapa.
Os alunos desapareceram em 26 de setembro após uma emboscada na cidade de Iguala, no Estado de Guerrero, organizada por policiais municipais e membros do cartel Guerreros Unidos.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) acredita que eles foram levados ao lixão, onde foram mortos e queimados.
Segundo a PGR, o ataque foi ordenado pelo prefeito da cidade, José Luis Abarca, para evitar que os alunos protestassem no evento de lançamento da candidatura política de sua mulher, María Pineda.
A vítima identificada é Alexander Mora Venancio, 19, estudante do primeiro ano da escola. A confirmação foi dada na tarde deste sábado (6) durante uma reunião privada entre autoridades e familiares das vítimas.
O pai de Mora disse ao jornal "Proceso" que o corpo de seu filho pôde ser identificado a partir de um fragmento de osso e de um dente.
No Facebook, os estudantes de Ayotzinapa divulgaram uma mensagem como se ela tivesse sido escrita pelo próprio Mora: "Companheiros e todos que nos apoiaram, quem escreve é Alexander Mora Venancio. Sou um dos 43 que caíram em setembro nas mãos do narcogoverno. (...) Não deixem meu pai sozinho (...) Convido-os a redobrarem a luta. Que minha morte não tenha sido em vão."