Folha de S. Paulo


Brics exigem reforma imediata do FMI

Os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) perderam a paciência com a demora do Congresso norte-americano em aprovar a reforma das cotas do FMI (Fundo Monetário Internacional).

Tal como a Folha antecipara, um encontro informal dos cinco líderes do grupo na manhã deste sábado, 15, aprovou nota em que exortam "o G20 a agendar uma discussão sobre as opções quanto aos próximos passos [da reforma], conforme o FMI se comprometeu a apresentar em janeiro de 2015".

A reforma das cotas fora aprovada pelo G20 na sua cúpula de 2009 e foi sucessivas vezes reafirmada nos encontros posteriores.

Mas o Congresso norte-americano até agora não se mexeu.

Alexei Druzhinin/Efe
Líderes dos Brics durante o G20, que ocorre na Austrália; da esquerda para a direita: presidente russo, Vladimir Putin; premiê indiano, Narendra Modi; presidente Dilma; presidente da China, Xi Jinping; e o sul-africano, Jacob Zuma
Líderes dos Brics durante o G20; da esquerda para a direita: presidente russo, Vladimir Putin; premiê indiano, Narendra Modi; presidente Dilma; presidente da China, Xi Jinping; e o sul-africano, Jacob Zuma

A reforma aprovada pelo G20 aumenta as cotas para o mundo emergente, inclusive Brasil, que passaria de 1,783% das cotas para 2,316%, com o que entraria no grupo dos 10 maiores cotistas.

O encontro dos Brics serviu também para festejar o acordo da cúpula de Fortaleza, em julho, que acertou a criação do banco do grupo, chamado Novo Banco de Desenvolvimento, e de um arranjo de reservas para que o grupo possa enfrentar crises.

Trata-se, diz a nota, de "um patamar fundamentalmente novo" para as relações intra-Brics.

A presidente Dilma Rousseff abriu o encontro lamentando que, "ao chegar ao final de 2014 vemos frustradas nossas expectativas iniciais de recuperação da economia mundial".


Endereço da página: