Folha de S. Paulo


Joko Widodo toma posse como presidente da Indonésia

Joko Widodo tomou posse nesta segunda-feira (20) como presidente da Indonésia em uma cerimônia no Parlamento, diante de dezenas de autoridades estrangeiras, três meses depois de sua eleição.

Widodo, conhecido como Jokowi, é o sucessor de Susilo Bambang Yudhoyono, que governou a terceira maior democracia do mundo por dois mandatos de cinco anos.

Jokowi é o primeiro presidente da Indonésia que não pertence à elite político-militar que governou o país muçulmano desde a queda do ditador Suharto em 1998.

He Changshan/Xinhua
Joko Widodo (dir.) e o ex-presidente Susilo Bambang participam de cerimônia de posse em Jacarta
Joko Widodo (dir.) e o ex-presidente Susilo Bambang participam de cerimônia de posse em Jacarta

Eleito em julho, após uma campanha muito disputada contra o polêmico ex-general Prabowo Subianto, Jokowi, 53, tem uma carreira notável na política graças à popularidade conquistada como prefeito de sua cidade natal e depois como governador de Jacarta.

A carreira política iniciada em 2005 foi impulsionada por seu estilo próximo ao povo, uma imagem de líder honesto e eficiente.

Durante a campanha, prometeu priorizar a luta contra a corrupção endêmica e a redução da pobreza. Jokowi provocou muitas esperanças no país de 250 milhões de habitantes, onde quase 40% da população sobrevive com menos de dois dólares por dia.

"Trabalharei a favor do povo e da Constituição", anunciou Widodo em seu primeiro discurso como presidente em cerimônia no Parlamento em Jacarta.

"Juro por Alá cumprir com minhas obrigações como presidente da República da Indonésia com o máximo das minhas capacidades e da melhor forma possível", disse o presidente, segundo o discurso transmitido ao vivo na imprensa local.

O ex-governador ganhou as eleições presidenciais no dia 9 de julho e também as parlamentares em abril, embora as alianças tenham dado a maioria na Câmara Baixa para a oposição, que assumiu todos os órgãos de controle.

O novo líder presidirá um país com uma economia expansiva e com ricos recursos naturais, embora também com sérios problemas de corrupção e uma crescente desigualdade entre ricos e pobres.


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