Os líderes da província de Anbar, no Iraque, pediram ajuda neste sábado (11) às forças dos Estados Unidos em terra para deter o avanço dos combatentes do grupo terrorista Isis.
A situação na província a oeste de Bagdá é "muito ruim", segundo disse o presidente do Conselho Provincial de Anbar.
Sabah Al-Karhout disse que o Isis enviou cerca de dez mil combatentes da Siria e Mosul, no norte do Iraque, a Anbar.
O subdiretor do conselho, Falleh al-Issawi, disse que havia pedido ao governo central que intervisse imediatamente para salvar a província de um iminente colapso – e para solicitar a implantação de forças terrestres estadunidenses ali.
Essa seria uma mudança significativa, já que o governo do Iraque até agora havia insistido que não queria forças estadunidenses na região.
O Isis esteve avançando na província de Anbar durante as últimas semanas e parece dirigir-se às cidades próximas ao rio Eufrates, onde concentra-se a maioria da população.
O grupo Isis mantém o controle de 80% da província de Anbar e se seus combatentes ocuparem o resto da província, seu território se estenderá desde Ragga, na Síria, até o perímetro da capital Bagdá, disse al-Issawi.
As forças do exército iraquiano e membros de tribos de Anbar que lutam contra Isis ameaçaram deixar as armas se o exército dos EUA não intervir para ajudá-los.
Os soldados do exército não são capazes de se defender contra os militantes do Isis devido a falta de capacitação e de equipe. Alguns membros da tribo da província foram mortos ou feridos na luta.
As escolas foram fechadas, mantendo mais de 300.000 estudantes sem aulas e causando preocupação, já que podem ser recrutados pelo Isis, disse al-Issawi.
O secretário de Defesa dos EUA, Chuck Hagel, advertiu na sexta (10) que a província de Anbar estava sofrendo assédio das forças Isis.
Um funcionário de defesa dos EUA de alto escalão também disse que as forças iraquianas estão "contra a parede" em Anbar.
O objetivo é recuperar algumas das áreas, tanto no Iraque quanto na Síria, que atualmente estão sob controle do grupo terrorista.
Até agora, a sobrevivência é garantida por posições defensivas com o uso de helicópteros Apacha, inclusive depois que dois foram derrubados esta semana.