Folha de S. Paulo


México reforça segurança após desaparecimento de estudantes

O governo do México enviou nesta terça (7) a Guarda Nacional a Iguala (a 192 km da Cidade do México) para estabilizar a cidade e investigar o desaparecimento de 43 alunos de uma escola rural.

Os estudantes da Escola Rural de Ayotzinapa, a 247 km de Iguala, viajaram à cidade no dia 26 para arrecadar fundos. Nos últimos anos, os alunos da instituição militavam contra o governo local.

Segundo testemunhas e a polícia federal, os ônibus que levavam os alunos foram parados por policiais locais e homens armados, que abriram fogo contra os veículos. No confronto, oito pessoas morreram e 20 se feriram, incluindo membros de um time de futebol que passavam pelo local. Os demais estudantes estão desaparecidos.

A Promotoria suspeita que o crime tenha sido feito por uma ligação entre a polícia local e o cartel Guerreros Unidos, que domina a venda de drogas no Estado de Guerrero, onde fica Iguala.

No sábado (4), os agentes federais encontraram 28 corpos carbonizados enterrados em uma fossa comum na periferia da cidade. Legistas tentam identificar os corpos a partir do material genético de familiares dos alunos.

Após a descoberta, 22 policiais locais foram presos por relação com o crime. Em seguida, a Justiça pediu a prisão do prefeito de Iguala, José Luis Abarca, por suposta relação com o chefe do Guerreros Unidos, Arturo Beltrán Leyva, morto em 2009.

O governador de Guerrero, Ángel Aguirre, também é pressionado a deixar o cargo. O caso foi condenado pela OEA e os EUA. Nesta quarta, haverá protestos contra o desaparecimento em cidades do México e de cinco países.


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