Folha de S. Paulo


EUA ampliam sanções contra a Rússia por crise na Ucrânia

Os Estados Unidos anunciaram nesta sexta-feira (12) uma nova rodada de sanções contra a Rússia, que afetam as indústrias de petróleo e de defesa e limitam ainda mais o acesso dos grandes bancos russos aos mercados de ações e dívida dos Estados Unidos.

As sanções, que pela primeira vez tiveram como alvo o Sberbank, foram programadas para coincidir com as novas sanções econômicas da União Europeia, que incluíram restrições de financiamento para algumas estatais russas e congelamento de bens de dirigentes políticos do país.

As novas sanções dos EUA vão apertar o cerco financeiro a seis bancos russos, incluindo o Sberbank, o maior da Rússia em ativos, ao imporem restrições a cidadãos dos EUA para negócios com qualquer emissão de dívida com maturação superior a 30 dias.

A Transneft, uma das principais companhias energéticas do mundo, também será afetada pelas sanções.

Moscou reagiu dizendo que as novas sanções podem prejudicar o processo de paz no leste da Ucrânia.

A Ucrânia, a UE e os EUA acusam a Rússia de apoiar os separatistas ucranianos com armas e tropas, o que Moscou nega. Desde sexta (5), as partes cumprem um cessar-fogo como parte de um plano de paz.

Segundo uma autoridade americana ouvida pela Reuters, as sanções podem ser suspensas se a Rússia retirar suas forças da Ucrânia e estabelecer uma área neutra entre a fronteira dos dois países.

A UE também disse que pode retirar as sanções se uma avaliação no fim deste mês considerar que o plano de paz está sendo cumprido.


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