Folha de S. Paulo


Grupo islâmico diz ter decapitado repórter americano

O grupo radical Estado Islâmico (EI) divulgou um vídeo nesta terça-feira (19) que supostamente mostra a decapitação do jornalista americano James Foley, 40.

A validade do vídeo não foi confirmada pelo governo dos Estados Unidos, ou qualquer fonte independente.

A publicação é uma resposta à intervenção militar americana no Iraque. O Exército dos Estados Unidos tem atacado posições do EI no país.

O vídeo, chamado "Uma mensagem para a América", mostra o suposto jornalista ajoelhado, ao lado de um militante do EI, vestido de preto e encapuzado. A vítima discursa, culpando o governo americano por sua morte.

"Eu convoco meus amigos, familiares e pessoas amadas a se levantarem contra meus reais assassinos –o governo dos EUA– porque o que vai acontecer comigo é resultado de sua criminalidade complacente", afirma ele.

Logo depois, o militante faz um discurso exaltando a formação de um califado –governo regido pela lei islâmica– no Oriente Médio e fazendo ameaças aos EUA. Então, o vídeo é cortado para uma imagem do que seria o corpo de Foley sem cabeça e ensanguentado.

O militante do EI ainda mostra um homem identificado como o jornalista Steven Sotloff, outro americano sequestrado pela organização. "A vida desse cidadão americano, Obama, depende de sua próxima decisão", diz.

Foley era um jornalista independente, a serviço do site GlobalPost e da agência France Presse, quando desapareceu em 22 de novembro de 2012, na Síria, e foi feito prisioneiro.

A porta-voz do Conselho de Segurança Nacional americano, Caitlin Hayden, disse que autoridades de inteligência do país estavam trabalhando para identificar a autenticidade do vídeo.

"Se for verdadeiro, ficamos muito preocupados com o assassinato brutal de um jornalista americano inocente e expressamos nossas mais profundas condolências", disse Hayden.


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