Folha de S. Paulo


Trabalhadores que atracam navios temem chegada do ebola ao Brasil

Os práticos, profissionais encarregados de atracar e desatracar navios, temem uma contaminação do vírus do ebola na região Norte do Brasil, onde o saneamento básico é deficiente.

Nesta segunda (11), o Conapra (Conselho Nacional de Praticagem) protocolou requerimento ao Ministério da Saúde, em que pede o reforço "de imediato" do sistema de vigilância sanitária para que o controle das embarcações seja "absolutamente rigoroso", com a presença de equipes para dar suporte a eventuais suspeitas de contaminação.

São eles os primeiros a embarcarem nos navios que chegam ao país. A entidade teme que embarcações vindas da África ocidental, que acessam preferencialmente portos brasileiros ou rios da região Norte, tragam o vírus.

No documento, o Conapra pede ainda que o governo brasileiro considere a possibilidade de apenas permitir o desembarque de pessoas e mercadorias vindas do oeste da África após 21 dias do embarque destes no país de origem.

Este é o tempo que leva para uma pessoas exposta ao vírus manifestar os primeiros sintomas da doença. Normalmente, um navio vindo daquela região africana leva 15 dias para aportar no litoral brasileiro.


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