Dois caças ucranianos foram abatidos por rebeldes separatistas pró-Rússia nesta quarta-feira (23) no leste do país, anunciou um porta-voz das forças de Kiev.
Os dois aparelhos Sukhoi caíram à altura de Savur Mogila, na região de Donetsk. Os pilotos ejetaram, segundo os militares.
O Conselho de Segurança da Ucrânia disse que os jatos militares foram atingidos a uma altitude de 5.200 metros por mísseis que, de acordo com informações preliminares, foram lançados a partir da Rússia.
"Eles foram derrubados muito profissionalmente. Os terroristas não têm esses profissionais", disse Andriy Lysenko, porta-voz do conselho, referindo-se aos rebeldes pró-russos que combatem as forças do governo no leste da Ucrânia.
Os rebeldes assumiram terem derrubado os aviões.
Os Estados Unidos afirmaram nesta quarta que não conseguiram confirmar de forma independente a derrubada dos dois caças.
"Nós continuamos a trabalhar com os ucranianos e com nossos próprios canais para determinar as exatas circunstâncias envolvendo o incidente", afirmou um porta-voz do Pentágono.
Na semana passada, pelo menos quatro aviões militares foram abatidos na região.
Na quinta (17), um avião civil caiu nas proximidades de Donetsk com 298 pessoas a bordo, levantando suspeitas de que possa ter sido abatido por um míssil.
Segundo informações dos EUA, o Boieng-777 da Malaysia Airlines foi alvo de um míssil terra-ar, lançado a partir de território rebelde, sem que haja evidências de participação direta da Rússia no episódio.
As duas principais cidades controladas pelos rebeldes –Donetsk e Lugansk– tiveram combates entre ucranianos e separatistas. O Exército da Ucrânia conseguiu retomara o controle de cidades nos arredores de Donetsk, após a retirada rebelde dos locais.
Autoridades de saúde locais disseram que 432 pessoas foram mortas e 1.015 ficaram feridas desde que as hostilidades começaram na região de Donetsk, com um levante separatista após a derrubada de um presidente pró-russo e a anexação da Crimeia pelo país vizinho.
