O jornal argentino "Clarín" publicou uma reportagem na qual afirma que durante o governo de Néstor Kirchner, uma empresa de táxi aéreo foi criada para transportar malas de dinheiro de Buenos Aires ao Estado de Santa Cruz –a região é o principal reduto da família Kirchner.
No ano passado, uma ex-secretária da Casa Rosada, sede da presidência, relatou ter visto as malas de dinheiro. Miriam Quiroga afirmou em uma entrevista ter visto Daniel Muñoz, secretário particular do ex-presidente, com uma mala cheia de "verdes". Ela disse ainda que escutou o assessor falar que as notas "estavam bem contados pelo chefe".
Abriu-se, então, uma investigação para averiguar o caso.
Segundo o "Clarín", o promotor Ramiro González tem uma fonte anônima que lhe disse que a empresa Aires Argentinos servia para transportar o dinheiro e ocultar as viagens.
A Aires Argentinos teria sido criada em 2008 a pedido de Muñoz. Néstor Kirchner morreu em 2010.
Muñoz seria o verdadeiro dono da empresa, mas usaria laranjas, segundo a acusação.
A matéria diz que Néstor, Cristina Kirchner e seus dois filhos teriam usado frequentemente os aviões da empresa.
O promotor González pediu a quebra de sigilos da empresa aérea, mas a autorização não deve ser dada até as próximas duas semanas pois o juiz do caso está de licença.