Folha de S. Paulo


Bloqueio de sites é praxe de governo turco

"Depois de análise técnica e legal [...], uma medida administrativa foi tomada contra este site", diz uma mensagem seca na tela do computador. Assim, o governo turco impede os seus 76 milhões de habitantes de assistir a pornografia na internet.

Da mesma maneira, estão bloqueados outros endereços na rede, a exemplo da página do PKK, o partido trabalhista curdo. As mídias sociais YouTube e Twitter tiveram temporariamente, no início do ano, a mesma sina.

À Folha Murat Karakaya, diretor-geral de imprensa do gabinete do primeiro-ministro, afirma existir hoje no Twitter uma "campanha contra o governo". Daí as medidas de censura, justificadas como modo de "preservar direitos individuais".

"O bloqueio às redes sociais ocorreu por um período curto e esteve aberto a apelo", alega Karakaya.

O período coincidiu, porém, com as eleições locais, em meio a alegações divulgadas na internet sobre a corrupção do governo, pelo que o premiê Recep Erdogan prometeu livrar-se do Twitter.

Duas semanas depois, uma corte constitucional reverteu essa medida.

A ação durou tempo o suficiente, porém, para preocupar a mídia local. A agência de notícias Anadolu chegou a transferir seu departamento de mídias sociais para Bruxelas (Bélgica).

O jornalista DIOGO BERCITO viajou a Ancara a convite do governo turco


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