Folha de S. Paulo


'Kim Kardashian do Quênia' recebe críticas por branqueamento

A socialite Vera Sidika, conhecida como "Kim Kardashian do Quênia" –em referência ao seu bumbum proeminente sempre exibido nas redes sociais–, se envolveu em uma polêmica no seu país após admitir em um programa de TV que havia feito um tratamento para clarear a pele, segundo informações da emissora britânica BBC.

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Sidika disse que o processo de clareamento foi feito no Reino Unido e sugeriu que custou algo em torno de 15 milhões de xelins quenianos (R$ 378 mil).
Segundo Sidika, após o tratamento houve um aumento nas ofertas de trabalho.

"O problema é meu (...) O corpo é meu e de mais ninguém", disse Sidika ao comentar sobre o tratamento.

As declarações causaram polêmica nas redes sociais.

"Fui acusado de promover e endossar uma visão centrada no padrão de beleza branco apenas por entrevistá-la (...) A crítica foi muito dura", disse à BBC Larry Madowo, apresentador do programa.

A NTV decidiu fazer uma continuação do programa para discutir a questão e encorajou as pessoas a partilhar suas ideias por meio da hashtag #BleachedBeauty (do inglês beleza branqueada).

Mais de 4.000 pessoas comentaram condenando ou endossando a prática.

Comentários como "#BleachedBeauty é falso. Apenas quem tem baixa autoestima faria isso" e "#BleachedBeauty senhoras em breve começará um branqueamento de seus cérebros para que venham com ideias brilhantes" foram postados no Twitter.

Outros saíram em defesa de Sidika, elogiando a sua "abertura e honestidade" em falar sobre o assunto.

"Fascinante", "surpreendente" e "hipócrita" é como Madowo descreve as reações nas mídias sociais. "Muitos homens no Quênia preferem mulheres de pele clara".

Ao contrário da Índia, onde os cremes de clareamento são comuns, no Quênia, o clareamento da pele continua tabu, e geralmente é feito em clínicas clandestinas.

Médicos dizem que a prática está em ascensão e alertam sobre o perigo de tratamentos não regulamentados.


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