Folha de S. Paulo


Alpinista brasileiro cancela expedição no Everest por greve de sherpas

O alpinista brasileiro Rosier Alexandre, 45, que pretendia escalar o monte Everest até o fim de maio, teve sua expedição cancelada devido à avalanche que matou 16 pessoas no último dia 18.

Todos os mortos no acidente, ocorrido na geleira de Khumbu, eram guias da etnia local sherpa que trabalhavam como guias na montanha. Eles instalavam cordas novas para o início da principal temporada de escalada –que ocorre todos os anos entre os meses de abril e maio– quando foram atingidos.

Da equipe de Alexandre, três guias morreram e outros dois estão hospitalizados.

Divulgação
O alpinista brasileiro Rosier Alexandre, 45, no Acampamento-Base Sul do monte Everest
O alpinista brasileiro Rosier Alexandre, 45, no Acampamento-Base Sul do monte Everest

O acidente motivou uma greve geral dos sherpas, que reivindicam do governo nepalês melhores condições de trabalho na montanha, inviabilizando praticamente todas as expedições programadas para o período.

Alexandre havia chegado ao Acampamento-Base do Everest, a 5.360 metros de altitude, no último dia 4, e só iniciaria a subida no próximo dia 14, após a primeira etapa de aclimatação. Ele acompanhou avalanche e os esforços de resgate após o acidente.

Segundo sua assessoria, ele deve demorar ao menos três dias para pegar um voo para Katmandu e, em seguida, retornar ao Brasil. O alpinista cearense espera chegar ao país no prazo de oito dias.

O monte Everest, o mais alto do mundo em relação ao nível do mar, com 8.848 metros, é o último que Alexandre deve escalar para chegar ao topo dos chamados Sete Cumes, as sete maiores montanhas de cada continente, incluindo a Antártida e dividindo a América entre o Norte (monte McKinley) e Sul (Aconcágua).

Ainda de acordo com sua assessoria, o brasileiro afirma não ter desistido da empreitada, mas ainda não tem nova data definida para uma futura expedição.


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