Um terremoto de magnitude 8,2 atingiu a costa norte do Chile nesta terça-feira. Alertas de tsunami foram emitidos para toda a costa do país, Peru e Equador. Diversos tremores secundários também foram reportados na região, o mais intenso deles de magnitude 6,2.
A Marinha do Chile afirmou que um tsunami já atingiu algumas áreas no norte do país, mas não deu detalhes dos danos provocados. Estima-se que as ondas tenham chegado a 2,11 metros de altura.
Ao menos quatro homens e uma mulher morreram - por infarto e esmagamento– em Iquique e Alto Hospicio, segundo informou o ministro do Interior chileno, Rodrigo Peñalillo.
As principais cidades costeiras do norte do Chile foram esvaziadas. Os alarmes soaram no Equador e no vizinho Peru, onde o terremoto foi sentido com força e as principais cidades do sul foram isoladas.
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O serviço de emergência chileno disse também que há estradas bloqueadas por deslizamentos de terra causados pelo evento.
"Pedimos aos cidadãos de todo o país para deixarem 100% das áreas costeiras... Não temos sérios danos nas casas... Não há nenhuma tragédia envolvendo pessoas", disse a repórteres o subsecretário do Interior, Mahmud Aleuy.
A mídia local relatou falta de energia e congestionamentos em algumas estradas à medida que as pessoas tentavam fugir para zonas mais seguras, em meio à chegada das primeiras ondas a Iquique, uma cidade portuária importante para a exportação de cobre.
Segundo o US Geological Survey (centro de pesquisa em terremotos dos EUA), o tremor ocorreu relativamente perto da superfície, a cerca de 20 km abaixo do solo marinho, às 20h46 no horário local, 99 km a noroeste do porto de Iquique, próximo à fronteira com o Peru.
"Um terremoto desta magnitude tem o potencial de gerar um tsunami destrutivo que pode devastar a costa próxima ao epicentro em minutos, e litorais mais distantes e questão de horas", afirmou o Centro de Alerta para Tsunamis do Pacífico.
Em 2010, um tremor de 8,8 também no Chile deflagrou um tsunami que matou cerca de 500 pessoas, destruiu 220 mil casas e causou danos a diversas cidades litorâneas. Na época, a presidente, Michelle Bachelet, foi criticada pelas autoridades não terem emitido um alerta em tempo hábil.