Folha de S. Paulo


Júri considera genro de Bin Laden culpado por terrorismo nos EUA

A Justiça Federal de Nova York considerou culpado por terrorismo Sulaiman Abu Ghaith, ex-porta-voz da rede terrorista Al Qaeda e um dos genros do líder da organização, Osama bin Laden, morto em 2011, em decisão divulgada nesta quarta-feira.

O júri votou de forma unânime pela culpabilidade de Abu Ghaith por conspirar para matar americanos, dar suporte material para terroristas e prover apoio a atos criminosos. O tribunal ainda precisa determinar a pena, que pode chegar à prisão perpétua.

A Promotoria o acusou de ser um dos porta-vozes da Al Qaeda por aparecer em vídeos discursando contra os americanos e convocando novos combatentes. Ele ainda é acusado de saber com antecipação de um ataque frustrado contra um avião em dezembro de 2001.

Na ocasião, o britânico Richard Reid foi preso por tentar embarcar com um explosivo dentro de um sapato. Os promotores afirmam que a tentativa de atentado foi feita dois meses após um vídeo em que Abu Graith diz que a "tempestade de aviões não vai parar".

A frase foi feita no vídeo em que Osama bin Laden reivindicou para a Al Qaeda os atentados contra o World Trade Center e o Pentágono, em 11 de setembro do mesmo ano. Além de Abu Graith, aparece no vídeo o atual líder da rede terrorista, Ayman al-Zawahri.

O genro de Bin Laden nega as acusações. Abu Graith atuou com a Al Qaeda até 2002, quando se mudou para o Irã. Ele só foi preso em janeiro de 2013, quando fazia uma viagem a Ancara, na Turquia. Em seguida, foi expulso para a Jordânia e extraditado para os Estados Unidos.


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