Folha de S. Paulo


Maduro desistiu de expulsar CNN, diz emissora

A rede de TV americana CNN informou que o governo da Venezuela voltou atrás na revogação dos vistos de trabalho aos jornalistas que estavam no país para cobrir os protestos contra e a favor do governo. Ainda assim, Maduro teria pedido mudança na abordagem da emissora.

A correspondente da rede em Caracas Osmary Henández informou, na sua conta do Twitter, que o governo autorizou novamente o trabalho de todos os sete jornalistas que haviam sido expulsos do país.

"Após a coletiva de imprensa de @NicolasMaduro nos chamaram do Minci [Ministério da Comunicação] para ativar novamente nossas credenciais", escreveu. A coletiva de Maduro a jornalistas estrangeiros ocorreu na sexta-feira.

Na quinta-feira, o governo do presidente Nicolas Maduro havia comunicado que os profissionais deveriam deixar a Venezuela e acusou a rede de incitar uma guerra civil no país.

O presidente afirmou, durante a entrevista, que gostaria de dialogar com o presidente americano Barack Obama sobre a situação da Venezuela.

Em reportagem publicada pela CNN, Maduro teria dito que a rede trabalha para o departamento de Estado dos EUA, que está usando a TV para fomentar a guerra entre os venezuelanos e sugerir uma intervenção internacional no país.

A CNN noticiou ainda que Maduro pediu à rede que retificasse sua abordagem jornalística.

"Eu sei que eles querem ficar na Venezuela. Façam isso, cubram a Venezuela. Mas de uma maneira balanceada, baseada no respeito às leis venezuelanas. Quem não respeita as leis não terá sinal na Venezuela", disse Maduro, segundo a CNN.

Em comunicado, a rede americana havia afirmado que "vem reportando os dois lados da tensa situação venezuelana, mesmo com o acesso limitado às autoridades do governo".


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