A diretoria do Partido Democrático (PD) da Itália aprovou nesta quinta-feira a proposta de seu secretário-geral, Matteo Renzi, de substituir Enrico Letta, do mesmo partido, como primeiro-ministro do país.
Pressionado pelo partido, Letta apresentará seu pedido de renúncia ao presidente da República, Giorgio Napolitano, o qual deverá então pedir para que Renzi forme um novo governo.
"Após as decisões tomadas neste dia pela direção nacional do Partido Democrata, eu informo o presidente da minha vontade de apresentar amanhã ao Quirinal [sede da Presidência] minha renúncia de presidente do Conselho", afirmou Letta em um comunicado.
Renzi, 39, é prefeito de sua cidade natal, Florença, desde 2009 e secretário do PD desde 2013. Ele deve se tornar o quarto premiê da Itália em menos de três anos.
Em meio a uma crise econômica e instabilidade política, o Parlamento já havia trocado Silvio Berlusconi pelo tecnocrata Mario Monti, em novembro de 2011, e este por Letta, em abril do ano passado, após tensas negociações para a formação de uma coalizão.
O mais votado nas eleições havia sido Beppe Grillo, ex-comediante e líder do Movimento 5 Estrelas, com proposta reformista, que não conseguiu base entre seus pares para assumir como premiê.
A reunião do PD desta quinta terminou com 136 votos a favor de Renzi e 16 contra, tendo sido abandonada por alguns dos apoiadores de Letta.