Folha de S. Paulo


Argélia confirma sobrevivente entre 76 mortos em acidente aéreo

Os serviços de Defesa Civil da Argélia confirmaram nesta quarta-feira, após a finalização dos trabalhos de resgate, a morte de 76 pessoas e a existência de um sobrevivente no acidente aéreo registrado ontem no leste do país.

Segundo um comunicado divulgado pela agência oficial "APS", um total de 77 pessoas entre passageiros e membros da tripulação seguia dentro do avião, um Hércules C-130, dedicado ao transporte de tropas militares.

Ontem, o Ministério da Defesa da Argélia informou que a queda do avião poderia estar relacionada às condições climáticas, tendo em vista que o acidente ocorreu no momento em que o piloto começava os preparativos para efetuar a aterrissagem.

A falta de informação oficial sobre o acidente, que ocorreu por volta do meio-dia (local), foi acompanhada da aparição de números muito díspares sobre o suposto número de mortos.

O oficial Nasim Beraui, chefe de comunicação de Defesa Civil, assegurou nesta quarta à agência oficial argelina que os trabalhos de resgate foram encerrados na madrugada de hoje, embora tenha confirmado que parte dos aparatos usados seguem no local.

Beraui ressaltou que o número total de passageiros no momento do impacto era de 77 pessoas e, além disso, indicou que tanto os corpos resgatados como o sobrevivente foram transferidos ao hospital militar regional de Constantina.

Segundo a imprensa nacional, o sobrevivente é um militar e se encontra internado na unidade de terapia intensiva.

O Ministério da Defesa explicou ontem que, por volta das 11h37 locais (8h37 de Brasília), perderam o contato por rádio e radar com o avião que tinha partido da província meridional de Tamanraset e se dirigia a Constantina, no nordeste do país.

Imediatamente depois, as autoridades iniciaram uma "operação de busca com três helicópteros", que localizaram o avião acidentado no monte Fertas. Segundo as primeiras imagens mostradas pela televisão argelina, o avião ficou praticamente destroçado pelo impacto.

O presidente da Argélia, Abdelaziz Bouteflika, que descreveu os militares mortos como "mártires do dever", decretou ontem três dias de luto nacional a partir de hoje.


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