Uma candidata à Prefeitura de Paris animou sua campanha, até então um tanto chocha, com uma série de deslumbrantes imagens de como estações-fantasma de metrô da cidade poderiam ser reutilizadas.
Pelo projeto de Nathalie Kosciusko-Morizet, da conservadora UMP (União por um Movimento Popular), a estação de Arsenal, perto da Bastilha –fechada em 1939, no começo da Segunda Guerra Mundial, e jamais reaberta– poderia ser transformada em uma reluzente piscina, teatro e sala de espetáculos, casa noturna, galeria de arte ou até mesmo num restaurante em estilo refeitório.
| Laisné Architecte/Divulgação | ||
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| Projeto de piscina em estação de metrõ abandonada em Paris |
Kosciusko-Morizet, 40, conhecida pelas iniciais NKM, diz que os planos preparados por dois arquitetos de Paris são "exemplos do campo de possibilidades" de uso para as estações de metrô. Se eleita, pedirá ideias aos parisienses para as reformas.
Há um total de 16 estações-fantasma no metrô de Paris, seja porque foram desativadas ou nunca usadas.
Mas as lindas imagens não trouxeram mais apoio a NKM. Ex-ministra do Meio Ambiente entre 2010 e 2012, no governo de Nicolas Sarkozy, ela busca se aproximar nas pesquisas da socialista Anne Hidalgo, 54, protegida do atual prefeito, Bertrand Delanoë.
Uma sondagem do instituto Ifop, no fim de janeiro, apontava 39,5% para Hidalgo no primeiro turno, em 22 de março, e 36,5% para NKM. Num segundo turno, Hidalgo venceria por 54% a 46%.
O metrô de Paris tornou-se um tormento para NKM. Durante a malsucedida campanha de reeleição de Nicolas Sarkozy à Presidência em 2012, da qual ela era a porta-voz, NKM foi alvo de zombaria por não saber o preço de uma passagem de metrô –falou em € 4, quando o certo era € 1,70.