Folha de S. Paulo


Brasil e Paraguai anunciam nova ponte na fronteira

Brasil e Paraguai iniciarão neste ano a construção de uma nova ponte que unirá sua fronteira sobre o rio Paraná, disse nesta quinta-feira o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, depois de se reunir em Assunção com o chanceler paraguaio, Eladio Loizaga.

"Esperamos que a segunda ponte se concretize muito em breve e iniciemos as obras neste ano", anunciou Figueiredo em um pronunciamento conjunto com Loizaga, no qual não aceitaram perguntas da imprensa. Mais tarde, Loizaga informou à imprensa que a construção começará depois de junho, quando o período de licitação da obra seja finalizado.

Figueiredo chegou nesta quinta ao Paraguai para analisar as relações entre os países e visitar o presidente Horacio Cartes.

Por sua parte, Loizaga declarou que a nova ponte, que se somará à da Amizade, que une a cidade paraguaia de Ciudad del Este com Foz do Iguaçu, "já está em pleno processo de licitação". Nesta mesma semana chegou a dizer que a licitação começaria em fevereiro.

O ministro paraguaio, por sua vez, disse que passaram em revista temas bilaterais pendentes, sem especificar quais, e projetos para levar adiante a "integração física" entre os moradores, não só com a mencionada ponte, mas também com uma futura conexão ferroviária.

MERCOSUL

O ministro brasileiro antecipou que também conversaram sobre integração regional em relação ao Mercosul.

"Estamos muito contentes porque o Paraguai vai estar na próxima cúpula na Venezuela, esta força que o Paraguai traz outra vez ao Mercosul como um sócio fundador que é, é para nós muito importante", ressaltou o chanceler do Brasil.

A próxima Cúpula do Mercosul em Caracas, anteriormente marcada para 31 de janeiro, mas adiada pela terceira vez para segunda quinzena de fevereiro, representará o retorno do Paraguai ao bloco.

O Paraguai esteve suspenso do Mercosul entre junho de 2012, após a cassação do então presidente Fernando Lugo, e agosto do ano passado, quando Horacio Cartes assumiu o cargo.

Durante esse período, o Mercosul aceitou como membro a Venezuela, apesar de o Congresso paraguaio ter vetado sua adesão. No entanto, o Parlamento de Assunção ratificou finalmente a entrada da Venezuela em dezembro, a pedido de Cartes.

Nesta semana foi reaberta a embaixada paraguaia em Caracas.

Nesta quinta, os novos embaixadores da Venezuela e do Equador no Paraguai apresentaram suas credenciais ao presidente Cartes. Venezuela e Equador foram alguns dos países que retiraram seus embaixadores do Paraguai após a destituição de Lugo.


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