Folha de S. Paulo


Remoção de armas químicas da Síria irá atrasar, diz organização

A Organização para a Proibição das Armas Químicas (Opaq) informou neste sábado que a remoção do arsenal químico da Síria, antes prevista para 31 de dezembro, deve atrasar devido ao mau tempo e aos combates intensos.

Segundo a entidade, as condições climáticas e as frentes de combate entre o regime de Bashar al-Assad e os rebeldes impedem a entrega dos estoques essenciais aos locais onde as toxinas são preparadas para serem levadas ao porto de Latakia.

O chefe do departamento de desarmamento da Chancelaria russa, Mikhail Ulyanov, disse à agência RIA-Novosti que a viagem para Latakia ainda é perigosa, apesar de o regime sírio ter recuperado o controle da estrada no início do mês.

Ulyanov declarou ainda que especialistas de vários países, das Nações Unidas e da OPCW chegaram a um "entendimento comum sobre os pontos principais" de um plano para levar as toxinas do porto para águas internacionais, mas não deu detalhes.

A Rússia, que tem dado um apoio crucial a Assad durante os quase três anos da guerra civil síria, transportou por avião 75 veículos armados e caminhões para o país na semana passada para levar os artefatos químicos para Latakia.

A Síria concordou em entregar suas armas químicas até junho próximo, nos termos de um acordo proposto pela Rússia e aceito pelos Estados Unidos, depois de um ataque com gás sarin em 21 de agosto atribuído pelas nações ocidentais ao governo do presidente Bashar al-Assad.

Damasco concordou em transportar os artefatos químicos "mais críticos", incluindo cerca de 20 toneladas de agente mostarda, pelo porto de Latakia, no norte sírio, até 31 de dezembro, para serem destruídos com segurança no exterior e longe da zona de guerra.


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