Folha de S. Paulo


Jovem ativista Malala recebe prêmio de Direitos Humanos da UE

A ativista paquistanesa Malala Yousafzai, 16, foi a ganhadora do Prêmio Sakharov para os Direitos Humanos do Parlamento Europeu. Ela recebeu a homenagem nesta quarta-feira e fez um discurso defendendo o acesso à educação em seu país.

Para o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, Malala "deu esperanças a milhões de pessoas" com seu trabalho pela educação feminina no Paquistão. A ida das meninas à escola é combatida no país por tribos radicais islâmicas, em especial às vinculadas ao Taleban paquistanês

Patrick Hertzog/AFP
Ativista paquistanesa Malala Yousafzai, 16, recebe Prêmio Sakharov de Direitos Humanos por defesa da educação para meninas
Ativista paquistanesa Malala Yousafzai, 16, recebe Prêmio Sakharov de Direitos Humanos por defesa da educação para meninas

Muito aplaudida pelos parlamentares, a jovem paquistanesa pediu aos países europeus que contribuam para o desenvolvimento da educação em países asiáticos. "As crianças nesses países não querem um iPhone, um Playstation ou chocolates. Eles querem apenas um livro e uma caneta".

Por ter denunciado as leis impostas pelo Talibã entre 2007 e 2009 na região do Vale do Swat, noroeste do Paquistão, e defendido o direito das meninas de ir à escola, Malala Yousafzai foi alvo de um ataque em 9 de outubro de 2012, quando voltava da escola em um ônibus escolar.

Atingida na cabeça, escapou da morte por muito pouco, ficou internada por quatro meses e, após deixar o hospital na Inglaterra, se transformou em um ícone internacional. O ex-prestador de serviços da Agência de Segurança Nacional americana (NSA, em inglês), Edward Snowden, também concorria ao prêmio.

Além da homenagem no evento, Malala recebeu € 50 mil (R$ 153 mil). Após receber o prêmio, a jovem foi novamente ameaçada de morte pelo Taleban paquistanês.


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