Os principais líderes estudantis que levaram o Chile à onda de protestos contra o governo em 2011 foram eleitos neste domingo como deputados. Alguns deles tiveram ampla margem para seus adversários, incluindo a ex-presidente da Federação de Estudantes da Universidade do Chile (Fech), Camila Vallejo.
Considerada a musa dos protestos, a militante, agora filiada ao Partido Comunista, foi eleita com 43,77% dos votos válidos do distrito de La Florida, comuna da zona sul de Santiago que é a terceira maior do país. Seu principal concorrente, o já deputado Gustavo Hasbún, da direitista UDI, teve 24,15%, mas foi reeleito.
| Martin Bernetti/AFP | ||
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| Camila Vallejo, 25, foi eleita deputada pelo distrito de La Florida, o terceiro maior do Chile, com quase 44% dos votos |
Na comuna de Santiago Centro, onde fica a sede do governo, um dos eleitos foi o ex-líder da Federação de Estudantes da Universidade Católica (Feuc), Giorgio Jackson, que concorreu como independente. Com 48,17% dos votos, ele comporá a banca do distrito com Felipe Kast, da Renovação Nacional, que teve 19,54%.
Além de Jackson e Vallejo, a ex-líder dos estudantes da Universidade de Concepción, Karol Cariola, também conseguiu uma vaga no Congresso, representando as comunas de Independência e Recoleta, na zona norte da capital chilena.
A bancada estudantil ainda será completada por Gabriel Boric, campeão de votos na eleição legislativa na região de Magalhães, no extremo sul chileno. Ele foi o sucessor de Vallejo na Fech e postulou ao cargo de deputado como independente, obtendo 26,2% dos votos.
O único líder dos alunos das universidades chilenas que se candidatou e não foi eleito foi Francisco Figueroa, vice-presidente da Fech de Camila Vallejo. Com 10,78% dos votos, ficou em quarto lugar na eleição para representar as comunas de Ñuñoa e Providencia, na zona leste de Santiago.