John Kerry, secretário de Estado americano, afirmou hoje durante visita a Israel e os territórios palestinos que os EUA não vão desistir de um acordo de paz na região.
O chefe da diplomacia americana reuniu-se com Binyamin Netanyahu, premiê israelense, em Jerusalém. Em seguida, encontrou-se com Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina, em Belém.
Kerry, que tem investido esforço político na tarefa de mediar as negociações entre Israel e palestinos, enfrenta um cenário pessimista. Durante seu encontro, Netanyahu afirmou que não houve progresso real nas conversas.
"Palestinos continuam com o incitamento, com a criação de crises artificiais, fugindo das decisões históricas necessárias para haver a paz", afirmou Netanyahu.
Líderes palestinos também se mostraram pessimistas, quando se encontraram com Kerry, ao notar que Israel anunciou na semana passada planos para mais 3.500 casas nos territórios da Cisjordânia, considerados pela comunidade internacional como ocupados.
A frustração popular preocupa líderes na região, com o receio de uma nova onda de violência. Uma pesquisa da Universidade al-Najah mostrou que 70% dos palestinos acreditam que as negociações vão falhar e que 38% deles apoiam uma resistência armada.
A pesquisa ouviu 1.360 palestinos maiores de 18 anos, entre Cisjordânia e faixa de Gaza.
As negociações de paz entre Israel e palestinos foram retomadas em julho, após um intervalo de três anos. Há um prazo de nove meses para que um acordo seja estabelecido.
Os encontros entre os negociadores Tzipi Livni, ministra da Justiça de Israel, e Saeb Erekat, negociador-chefe palestino, são secretos. Não tem havido qualquer divulgação a respeito das conversas.