Folha de S. Paulo


Cerca de 800 mil pessoas são vítimas de tráfico humano por ano, alerta ONU

Mais de 800 mil pessoas no mundo são vítimas de tráfico de seres humanos por ano por grupos criminosos organizados que ganham bilhões de dólares com a exploração dessas pessoas, denunciou nesta sexta-feira a Organização Internacional das Migrações (OIM).

A agência da Organização das Nações Unidas afirmou que Estados que tradicionalmente se consideravam destinos destas práticas, como o Reino Unido, atualmente também são países de origem das vítimas, dados revelados hoje, no Dia Internacional contra a tráfico humano.

Além disso, cresceu o número das vítimas de exploração sexual, trabalhista, mendicância forçada e combinações entre esses crimes, segundo a OIM, que luta contra a tráfico humano no mundo desde 1994 e iniciou mais de 900 projetos em mais de 100 países.

A organização prestou em 2012 assistência direta a 6.500 vítimas de 89 nacionalidades, além de ajudar mais de 20 mil imigrantes vítimas de tráfico humano e de outras formas de exploração.

Para promover a contratação ética de trabalhadores e a redução da exploração de imigrantes e do trabalho forçado, a OIM promoveu a criação de um consórcio internacional com seus membros, o Sistema Internacional de Recrutamento Ético, (IRIS na sigla em inglês), comprometidos com um processo de seleção e normas de contratação justas.

Na mesma linha, o órgão iniciou a campanha de sensibilização "Consumo Responsável", que pretende conscientizar os consumidores fazendo a pergunta "O que há por trás das coisas que compramos?".

A organização também coleta e analisa os dados mundiais do tráfico humano para deter o comércio de seres humanos além da fronteira; e, desde a criação da base de dados em 1997, reuniu informação de mais de 25 mil vítimas do crime.


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