Folha de S. Paulo


Perseguição policial deixa agente ferido e fecha Congresso dos EUA

Uma perseguição policial que começou na Casa Branca deixou um agente ferido e provocou o fechamento do Congresso dos Estados Unidos e da Suprema Corte após uma série de disparos contra o suspeito. A polícia afirma que o incidente foi protagonizado por uma mulher.

As informações sobre o destino da mulher após a perseguição ainda são desencontradas. A agência de notícias Reuters e a rede de televisão CNN afirmam que a suspeita se feriu, embora para a primeira a acusada morreu. A agência de notícias Associated Press informou que ela foi presa.

Segundo o chefe da Polícia Legislativa, Kim Dine, a mulher tentou ultrapassar uma barricada perto da Casa Branca, quando foi cercada por agentes do Serviço Secreto. Apesar da tentativa de retirá-la do carro, ela conseguiu fugir e, no caminho, bateu em um dos carros que a perseguia.

O carro seguiu até a região do Capitólio até que bateu em uma barreira criada na esquina das ruas Segunda e Maryland, ao lado do prédio Hart, um dos anexos do Congresso americano. Disparos foram disparados e, segundo a polícia, a mulher foi retirada do carro ferida e levada a um hospital.

Dine confirmou que havia uma criança dentro do carro, mas não deu detalhes sobre se a suposta atiradora estava armada no momento do incidente. Um policial ficou levemente ferido após o carro da suspeita bater em sua viatura e, de acordo com a polícia legislativa, está consciente.

Devido aos disparos, o Capitólio e a Suprema Corte foram fechados por 40 minutos por motivos de segurança. Parlamentares, funcionários, jornalistas e turistas foram mantidos dentro dos prédios, à espera de ordem da polícia para sair.

Segundo membros da Casa Branca, o presidente Barack Obama já foi informado sobre o ataque. O deputado republicano Gerry Connolly afirmou ter ouvido duas rajadas vindo de um anexo. "Foram duas rajadas rápidas e muito altas. Foi quando eu vi as pessoas vindo e percebi que não eram fogos de artifício".

Os disparos são registrados duas semanas após outro ataque a tiros dentro do Washington Navy Yard, área de Washington que concentra diversas instalações da Marinha. Pelo menos 12 pessoas morreram quando um prestador de serviços abriu fogo em um dos prédios.

Os tiros interromperam as discussões para dar fim ao impasse no Congresso americano que provocou a paralisação da administração federal americana a partir da 0h da última terça (1º) em Washington (1h em Brasília).

O projeto do Orçamento, que começaria a valer há dois dias, não foi votado pela Câmara devido à resistência dos republicanos em aprovar a lei de reforma da saúde de Obama, conhecida como Obamacare.

Editoria de Arte/Folhapress

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