Folha de S. Paulo


Príncipe belga cogita fazer teste que pode provar que mulher é sua irmã

O príncipe Laurent da Bélgica está disposto a se submeter a um teste de DNA caso seja necessário apresentar esta prova no processo aberto por Delphine Boël, que alega ser filha do rei Albert II, anunciou neste domingo (8) o advogado do terceiro descendente do monarca.

Laurent pode se submeter ao teste, embora "não tenha tomado ainda uma decisão a respeito", afirmou o advogado ao ser perguntado sobre esta possibilidade, que poderia esclarecer o caso da suposta filha ilegítima do rei, durante uma entrevista à televisão belga "RTL-TVi".

No último dia 3, Albert II negou a paternidade de Delphine Boël, informou o advogado que o representa no processo. "Ele não reconhece os fatos e se recusa a ser considerado pai de Delphine", declarou à rede de televisão pública "VRT" o advogado Guy Hiernaux em sua primeira mensagem pública sobre o caso.

Delphine pediu em junho em um tribunal de Bruxelas que o monarca e o então príncipe herdeiro Felipe se submetessem ao exame genético para comprovar seu parentesco.

Ela anulou o processo, mas depois disse que vai apresentar outro pedido amanhã, por causa da mudança de status de Albert II, que abdicou em 21 de julho em favor do filho Felipe.

A mulher, nascida em 1968, seria fruto de uma relação do rei com a baronesa Sybille Selys de Longchamps. A história foi divulgada em 1999, como consequência da publicação de uma biografia não autorizada da rainha Paola.

Albert II nunca admitiu oficialmente ter tido uma filha fora do casamento, mas reconheceu durante um discurso no Natal uma crise com a rainha na época da concepção de Delphine.

A relação entre o monarca e Sybille foi detalhada por ela, que revelou que Alberto e Paola estiveram à beira do divórcio duas vezes, em 1969 e 1976.


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