Folha de S. Paulo


Terminam trabalhos de resgate na Argentina; 21 morreram em explosão

A descoberta de três corpos nesta segunda-feira (12) elevou para 21 o número de mortos na explosão de gás que derrubou um prédio na cidade argentina de Rosário na semana passada e pôs fim aos trabalhos de resgate.

Durante a madrugada, as buscas precisaram ser interrompidos depois que uma pá mecânica esbarrou no tanque de combustível de um automóvel que havia sido parado no subsolo do prédio, provocando uma explosão, mas que não causou nenhum dano nem deixou feridos. Os trabalhos foram retomados às 7h.

Por volta 10h, foi encontrado nos escombros o corpo de uma senhora de 86 anos, segundo o secretário municipal da Saúde Pública, Leonardo Caruana, reduzindo o número de desaparecidos para apenas dois.

O resgate foi encerrado por volta das 19h30, quando foram encontrados os dois corpos restantes, de uma mulher de 33 anos e de um homem de 25.

Segundo o jornal argentino "Clarín", mais de 500 vizinhos se reuniram na rua Salta, em frente ao local do acidente, para fazer um minuto de silêncio em homenagem às vítimas, que foi seguido pelo hino nacional argentino e uma salva de palmas para os bombeiros.

A explosão ocorreu na manhã de terça-feira (5), causando uma onda expansiva em um raio de cem metros, e pôde ser ouvida a mais de dez quilômetros de distância, dando início a um incêndio que contribuiu para destruir o edifício de dez andares.

A investigação sobre as causas do acidente se concentram numa possível falha de um técnico, enviado pela companhia que fornece gás no local, e que trabalhou no imóvel pouco antes da explosão. Ele permanece detido por ordem judicial.

O complexo, que fica no centro de Rosario tinha três torres, nas quais viviam 238 pessoas, distribuídas em 60 apartamentos.

Com 1,1 milhão de habitantes, a cidade é a terceira maior da Argentina e o maior polo agro exportador do país.


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