O Parlamento do Paquistão elegeu nesta terça-feira o empresário do setor têxtil Mamnoon Hussein como o novo presidente do país. Aliado do atual primeiro-ministro Nawaz Sharif, ele substituirá em outubro Asif Ali Zardari, viúvo da ex-chefe de governo Benazir Bhutto.
Segundo a primeira apuração divulgada pela imprensa, ele obteve grande maioria dos votos dos deputados e dos senadores, além do respaldo das assembleias das Províncias do Punjab, no leste paquistanês, Baluchistão, no oeste, e de Sind, no norte, três das maiores do país.
| T. Mughal/Efe | ||
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| Mamnoon Hussein, em foto de 24 de julho; empresário do setor têxtil, aliado de ex-premiê é eleito presidente do Paquistão |
Ele derrotou Wajihudeen Ahmed, da oposição, que teve apenas cem votos e o apoio de Khyber-Pakhtunkhwa, província no noroeste paquistanês. Após a reforma eleitoral de 2008, o presidente paquistanês é escolhido em uma votação combinada entre os resultados das províncias e do Congresso, assim como na Alemanha.
No entanto, o pleito presidencial teve o boicote de 200 dos 700 integrantes do Colégio Eleitoral, a maioria deles de forças opositoras lideradas pelo Partido Popular (PPP). A agremiação afirmou que a mudança da data da votação aconteceu de forma súbita e impediu a correta realização do processo.
Com a vitória de hoje, a conservadora Liga Muçulmana, de Hussein e Sharif, mostra domínio absoluto da política paquistanesa, fechando o processo eleitoral iniciado em maio com as eleições legislativas. O novo chefe de Estado é de perfil político discreto, mas esteve ao lado do atual premiê durante décadas.
Diversos veículos de imprensa locais destacaram nos últimos dias que a eleição de Mamnoon como candidato de seu partido se deve em parte a sua fidelidade a Sharif, que pretende ter na presidência alguém afim que lhe garanta estabilidade institucional.