Folha de S. Paulo


Análise: Bebida é alvo em campanha do governo chinês contra excessos

As campanhas chinesas para promover a frugalidade e esmagar a corrupção estão prejudicando as vendas de produtos de luxo como relógios, roupas, carros, apartamentos e jatinhos privados.

O passado ensina que essas iniciativas têm duração limitada. Mas quem espera que a atual ação do governo seja passageira se decepcionará.

Aguardente ícone da Revolução Comunista torna-se símbolo de ostentação

O novo presidente, Xi Jinping, vê a luta contra a corrupção como um dos objetivos que definirão sua administração. O homem que recebeu a responsabilidade pelo combate ao crime no novo comitê permanente do Politburo foi Wang Oishan, com histórico forte na implementação rigorosa de medidas.

Medidas disciplinares muito divulgadas foram tomadas contra funcionários apanhados se banqueteando com dinheiro público, adquirindo múltiplos imóveis de luxo ou oferecendo "presentes" caros em troca de favores.

Isso teve impacto considerável sobre a venda dos produtos e serviços de luxo.

As passagens aéreas de primeira classe tiveram queda de vendas de 10% nos últimos meses; os preços do maotai estão caindo; e, de acordo com Shen Danyang, porta-voz do Ministério do Comércio, as vendas de sopa de barbatana de tubarão caíram 70% este ano, enquanto as de ninhos de andorinha comestíveis, outra iguaria, registram 40% de baixa.


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