Folha de S. Paulo


Vitória com folga no Irã provoca expectativa de políticas moderadas na Presidência

"Não sou um coronel, sou um jurista." Foi assim que Hasan Rowhani, o novo presidente do Irã, se descreveu num debate, tentando explicar que defende moderação e justiça, e não confrontação.

A vitória por larga margem trouxe esperança de que ele irá adotar políticas mais moderadas, depois de oito anos de governo do radical Mahmoud Ahmadinejad.

Rowhani não é parte da oposição reformista. Mas é um político de centro, que acredita nas políticas pragmáticas de Akbar Hashemi Rafsanjani, o ex-presidente aliado a reformistas.

Rowhani tem falado sobre uma "détente" (distensão) na política externa. Ele descreveu a relação entre Irã e EUA como "complexa e difícil", mas disse que "não pode e não deve ficar assim para sempre". Em sua campanha, ele enfatizou que o radicalismo tem prejudicado o Irã.

"Meu slogan é salvar a economia iraniana", disse. E a solução é "reconciliação com o mundo; as centrífugas devem rodar, mas as indústrias também". As decisões nucleares estão com o aiatolá Ali Khamenei. Mas, como Rowhani sugeriu, presidentes podem influir no estilo e no tom da política externa.


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