Folha de S. Paulo


Detido suposto autor de ataque a militar no metrô de Paris

Um homem foi detido na madrugada desta quarta-feira nos arredores de Paris como suposto agressor do militar que foi apunhalado em uma estação do metrô da capital francesa no último sábado, informou o ministro do Interior da França, Manuel Valls.

As provas que o suspeito --um homem de 22 anos com antecedentes policiais-- deixou no metrô da Defense, onde o ataque ao militar ocorreu, permitiram sua identificação. A comprovação foi anunciada após um exame de DNA e a leitura das imagens das câmeras de vigilância, explicou Valls em entrevista à emissora iTélé.

O suspeito foi capturado na cidade de Verrière, no departamento de Yvelines.

No entanto, o ministro não quis confirmar as informações oferecidas pela imprensa local, as quais apontam que o jovem teria se convertido ao islã e era reconhecido por seu radicalismo.

"Agora, temos que saber mais sobre suas motivações", finalizou o ministro francês.

Eric Feferberg/AFP
Suspeito de atacar militar francês em ^metrô de Paris é conduzido à sede da polícia, na capital francesa
Suspeito de atacar militar francês em ^metrô de Paris é conduzido à sede da polícia, na capital francesa

A emissora de rádio France Info, que citou fontes policiais, indicou que o detido se chama Alexandre, é original de Trappes, uma cidade popular nos arredores de Paris, não tem domicílio fixo e estava hospedado na casa de uns conhecidos até a última noite.

O ministro assinalou que a investigação segue a cargo das autoridades antiterrorista de Paris.

Questionado sobre quantas pessoas possui um perfil capaz de realizar ataques como o do último sábado, Valls respondeu que "há várias dezenas, vários centenas de Merah potenciais", o que "não quer dizer que todos passam cometer tal ação".

"Trata-se de delinquentes, alguns deles convertidos ao Islã, que, após se tornarem radicais, podem cometer ações terroristas", completou o ministro, que fazia referência a Mohammed Merah, o jovem autor do massacre cometido em Toulouse em março de 2012 contra militares e contra uma escola judia.

Após a ação, o mesmo morreu após uma operação policial em seu domicílio, situado nessa mesma cidade do sul.

O ataque com arma branca contra Cédric Cordiez, 23, aconteceu no último sábado, quando o mesmo se encontrava na estação do metrô da Defense --onde há um centro comercial-- com outros dois militares, no dispositivo de proteção antiterrorista Vigipirate.

Cordiez, que deixou o hospital na segunda-feira após ter tratado os cortes no pescoço causados pelo agressor, é um dos 1,2 mil membros do Exército francês que estão desdobrados por diferentes pontos do país, no marco do dispositivo Vigipirate, em reforço das forças da ordem.


Endereço da página: