Dzhokhar Tsarnaev, suspeito de ter realizado as explosões que mataram três pessoas e feriram 164 em Boston, disse aos investigadores que o atentado seria realizado, a princípio, em 4 de julho deste ano. Ele e seu irmão, Tamerlan, teriam decidido adiantar o ataque por terem montado as bombas mais rápido do que haviam previsto inicialmente.
As informações foram divulgadas por fontes internas da polícia americana. Não se sabe, porém, qual local seria atacado pelos irmãos.
As bombas teriam sido montadas no apartamento de Tamerlan, em Cambridge, e foram detonadas em 15 de abril, nas comemorações do Dia do Patriota, feriado no Estado de Massachusetts --em vez do 4 de julho, quando os EUA comemoram o Dia da Independência.
Tamerlan, 26, foi morto no dia 19 de abril, enquanto a polícia o perseguia. Sua residência, e onde os artefatos teriam sido montados, também era a casa onde vivia sua mulher --que afirma não ter tido relação com o atentado-- e seu filho.
Após semanas no necrotério, o corpo de Tamerlan foi enviado a uma funerária que o reclamou, nesta quinta (2).
Além de Dzhokhar, outros três suspeitos foram presos por envolvimento com o ataque: dois cazaques, identificados como Azamat Tazhayakov e Dias Kadyrbayev, e o cidadão americano identificado como Robel Phillipos, todos de 19 anos. Eles são acusados de obstruir as investigações, por terem jogado em um aterro uma mochila pertencente a Dzhokhar, mas não foram indiciados pelo atentado em si.
Os investigadores consideram que Tamerlan foi o instigador dos atentados e convenceu seu irmão para que o ajudasse, e por enquanto acreditam que os autores materiais do atentados são apenas eles dois.
Em 2012, Tamerlan viajou durante seis meses à região autônoma russa de Daguestão, de onde é originária sua família, onde acredita-se que entrou em contato com movimentos islamitas.