A inflação na zona do euro fechou o mês de abril em 1,2%, segundo dados divulgados nesta terça-feira pelo Escritório Nacional de Estatísticas (Eurostat). O índice é o menor desde fevereiro de 2010, o que pode causar mudanças na política monetária europeia.
Com a alta dos preços sob controle e abaixo da meta de 2%, o Banco Central Europeu (BCE) poderá reduzir a taxa de juros básica da economia para incentivar o crescimento em meio à crise econômica. O fim do impasse político na Itália e a diminuição dos efeitos do resgate ao Chipre também podem influenciar a decisão.
Os números de abril também representam a terceira queda na inflação em três meses e o quarto mês em que a alta de preços está dentro da meta do BCE. Em março, o índice foi de 1,7%, enquanto em fevereiro foi de 1,8%.
Dentre os componentes do índice, as maiores altas ficaram no setor de alimentos, álcool e tabaco, com 2,9%, seguido pelos serviços, em 1,1%. Nos bens industrializados, a alta foi de 0,8% e no setor de energia, que puxou a alta no ano passado, houve deflação de 0,4%.
Os resultados finais sobre a inflação de abril nos 17 países da moeda única será revelado em 16 de maio, da mesma forma que o índice nos 27 membros da União Europeia. Mesmo com dados preliminares, espera-se que o BCE possa fazer mudanças nas taxas de juros na próxima reunião, na quinta (2).
Outro motivo para a mudança é o novo recorde do desemprego na zona do euro, que chegou a 12,1% no mês de março, puxado pelos maus resultados de Espanha (26,7%) e Grécia (27,2%).