Folha de S. Paulo


Economia da Espanha encolhe 0,5% no primeiro trimestre de 2013

A economia espanhola caiu 0,5% entre janeiro e março, três décimos menos que no trimestre precedente, segundo antecipou nesta terça-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Espanha reduz meta de crescimento e aumenta previsão de deficit público

Em termos anualizados, a queda chegou a 2%, um décimo mais que no trimestre anterior.

Já são sete trimestres consecutivos de descenso, desde que no terceiro trimestre de 2011 a economia espanhola voltou a encolher após uma leve recuperação.

Segundo o INE, essa contração é consequência da piora nos dados relativos à demanda nacional, compensada parcialmente pelos bons números da demanda externa.

Os dados divulgados nesta terça-feira são iguais aos antecipados há uma semana pelo Banco da Espanha.

Ambos os organismos informaram que o setor exterior seguiu fornecendo crescimento à economia, frente à demanda nacional, que se manteve em baixa.

O Banco da Espanha advertiu que há pouca margem para que se recupere no curto prazo o consumo das famílias (uma das principais variáveis da demanda interna), dado a sua baixa capacidade de poupança, a queda da renda, o elevado endividamento e a incerteza do mercado de trabalho.

DESEMPREGO

Na última quinta-feira (25), o governo espanhol anunciou que o número de desempregados no país superou pela primeira vez a marca de 6 milhões de pessoas, ao alcançar 27,16% da população ativa no primeiro trimestre do ano.

O país agora conta 6.202.700 desempregados, depois de ver esse contingente aumentar em 237.400 pessoas nos três primeiros meses de 2013.

A ocupação diminuiu em 322.300 pessoas entre janeiro e março, pelo que o número de trabalhadores ficou em 16.634.700, representando uma taxa de atividade de 59,68%.

O número de pessoas que perderam seus empregos há mais de um ano subiu para 2.901.100 nesse período, 111.200 mais que no quarto trimestre de 2012.

Segundo a Enquete de População Ativa (EPA), o número de desempregados cresceu em 563.200 pessoas em um ano, enquanto a ocupação caiu em 798.500.

O aumento do desemprego é a consequência mais grave da crise econômica vivida pela Espanha desde 2008, com a economia em recessão e fortes medidas de ajuste adotadas pelo governo para reduzir o déficit público.


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