Pouco depois de ganhar um papa, a Argentina agora terá uma rainha na Europa. Bonita, simpática e independente, a economista Máxima Zorreguieta, 41, chegou ao topo da monarquia holandesa.
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Segundo pesquisas, ela é mais popular que o marido e até que a sogra, que voltará a adotar o título de princesa.
Antes do casamento, em 2001, Máxima morou em Nova York e Bruxelas como executiva de grandes bancos. No início, os holandeses torciam o nariz porque o pai dela, Jorge Zorreguieta, foi ministro da Agricultura na ditadura do general Jorge Videla (1976-1981).
Robin Utrecht/AFP | ||
A rainha Beatrix, entre seu filho Willem-Alexander e a mulher, a argentina Máxima, chegam a um evento em Amsterdã |
O governo holandês fez uma investigação e concluiu que ele sabia das atrocidades do regime, embora não fosse apontado como responsável por mortes ou torturas.
De qualquer forma, Zorreguieta não foi convidado para o casamento da filha e não participará das solenidades de hoje em Amsterdã.
A argentina aprendeu holandês em velocidade recorde e usou o carisma para conquistar os futuros súditos.
Ela também ajudou a erguer a popularidade do marido, que era descrito em pesquisas como pouco confiável para assumir o trono.
Na juventude, ele chegou a ter o apelido de príncipe Pils, numa referência autoexplicativa à cerveja tipo Pilsen.
Máxima hoje é colaboradora da ONU em projetos de desenvolvimento para países pobres. (BMF)