A economia do Reino Unido cresceu 0,3% no primeiro trimestre de 2013, de acordo com dados do Escritório Nacional de Estatísticas divulgados nesta quinta-feira. Com isso, o país evita mais um semestre de recessão e mostra recuperação em meio à crise na Europa.
Os números deste trimestre estão acima da expectativa do mercado, que esperava uma alta de 0,3% no PIB (Produto Interno Bruto) britânico. No quarto trimestre do ano passado, houve redução de 0,3%, influenciada pelos maus resultados dos países da zona do euro.
Na comparação com o mesmo período do ano anterior, o PIB cresceu 0,6 por cento, aumento mais forte desde o final de 2011. O setor de serviços, que representa 75% da economia, foi o principal responsável pela alta, após ter expansão de 0,6%.
Por outro lado, a indústria e o investimento externo continuam registrando queda, o que põe em dúvida a capacidade de recuperação econômica da região.
O ministro da Economia, George Osborne, afirmou que os resultados são animadores e pediu para que se mantenham as políticas de corte do deficit e da dívida pública no país, que está em mais de 120 bilhões de libras (R$ 360 bilhões), ou 75,4% do PIB.
"Todos nós sabemos que não há respostas fáceis para os problemas obtidos por tantos anos e não posso prometer que o caminho sempre será fácil, mas, continuando a enfrentar os problemas que aparecem, o Reino Unido se recupera e forma uma economia ajustada para o futuro", disse.
O governo britânico estabeleceu como meta em 2010 eliminar o deficit público até 2015, ano em que haverá novas eleições parlamentares, mesmo puxando para baixo o crescimento do PIB. A expectativa para este ano é que a taxa termine com alta de 0,6%.
No entanto, o FMI (Fundo Monetário Internacional) afirma que o Reino Unido deve diminuir alguns cortes de gastos para aumentar a expectativa de crescimento. O resultado desta quinta pode fazer o fundo mudar de ideia em encontro com as autoridades britânicas, em maio.