Folha de S. Paulo


Segundo suspeito de Boston obteve cidadania em 11 de setembro de 2012

Dzhokhar Tsarnaev, 19, suspeito de ter cometido os atentados da última segunda na maratona de Boston, se tornou cidadão americano em 11 de setembro de 2012, segundo uma fonte do governo federal. A informação foi divulgada pela CNN.

Ele continua foragido, enquanto seu irmão mais velho, Tamerlan, também suspeito no caso, foi morto após confronto com a polícia.

Ainda segundo divulgado pelo canal, Dzhokhar entrou nos EUA em 1º de julho de 2002, aos oito anos de idade, com um visto de turista e acompanhado de outros membros de sua família. Já em solo americano, ele entrou com o pedido de asilo, que teve o processo concluído no ano passado.

Já Tamerlan chegou ao país quatro anos após seu irmão mais novo, em 6 de setembro de 2006, aos 20 anos de idade. Ele legalizou sua permanência, com um green card, mas não era naturalizado.

SITES ISLÂMICOS

Dzhokhar postou links para sites islâmicos e outros que defendem a independência tchetchena, no que parece ser sua página em uma rede social em russo.

Comentários ofensivos em russo e em inglês foram publicados na página de Tsarnaev no VK, um site de relacionamento em língua russa, nesta sexta-feira, após ele ter sido identificado como um dos suspeitos no atentado da Maratona de Boston. O ataque, na última segunda (15), deixou três mortos e 176 feridos.

A polícia lançou uma caçada humana a Dzokhar, depois de matar Tamerlan, em uma troca de tiros durante a noite num subúrbio de Boston.

No site, o irmão mais jovem se identifica como graduando de 2011 em uma escola pública de Cambridge, no Massachusetts.

A página diz que ele cursou a escola primária em Makhachkala, capital do Daguestão, uma província russa que faz fronteira com a Tchetchênia, e lista seus idiomas como inglês, russo e tchetcheno.

Além disso, uma conta no Youtube em nome de Tsarnaev Tamerlane continha, segundo a polícia, conteúdo considerado suspeito. A conta, criada em agosto de 2012, mostra que seu proprietário compartilhava vídeos relacionados ao islamismo, que foram bloqueados. Outros, como os intitulados "Islã" e "Os jovens russos convertidos ao Islã", mostravam discursos de líderes islâmicos.

Editoria de Arte/Folhapress

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