Folha de S. Paulo


Maratonista brasileira diz que cansaço a salvou de explosões em Boston

Chegando perto do final do percurso de 42 quilômetros da Maratona de Boston, a economista Fabiana Tito, 32, começou a sentir cansaço. Ela resolveu desacelerar, ao lado de sua amiga, a também economista brasileira Tatiana Farina.

O cansaço salvou a vida delas.

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Elas estavam a um quilômetro da linha de chegada quando ouviram a explosão das bombas nas proximidades da linha de chegada da prova.

A mãe de Fabiana, Elza, acompanhava a corrida da filha pelo página oficial da corrida na internet (cada corredor tem um chip), e ficou desesperada.

Pela internet, a filha estaria passando na linha de chegada justo na hora da explosão. "Ainda bem que resolvemos dar uma andada...se eu tivesse mantido o ritmo, estaria na linha de chegada na hora da explosão", contou Fabiana, por telefone.

Segundo sua amiga Tatiana, logo depois da explosão, todo mundo começou a se embolar e a polícia veio interromper a corrida. "Tinha muita gente chorando, ninguém sabia direito o que estava acontecendo."

Pouco após as explosões perto da linha de chegada, uma terceira atingiu a biblioteca pública John F. Kennedy, também na região. Um quarto artefato teria sido encontrado em outro ponto da mesma rua e detonado pelo esquadrão antibombas da cidade.

Oficialmente, a polícia confirma a morte de duas pessoas. Outras dezenas ficaram feridas.


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