O ex-presidente do Paquistão Pervez Musharraf foi autorizado neste domingo pela Justiça do país a concorrer ao cargo de deputado pela circunscrição de Chitral. Ele é acusado de uma série de crimes políticos, incluindo a morte da primeira-ministra Benazir Bhutto, em 2007.
Musharraf voltou ao Paquistão em 24 de março, após passar quatro anos de exílio em Londres e Dubai. Além da morte de Bhutto, ele é processado pela morte do líder insurgente do Baluchistão, Akbar Bugti, em 2006 e pela destituição ilegal de juízes no mesmo ano.
O ex-presidente quer disputar as eleições parlamentares por mais três distritos eleitorais, conforme permite a legislação paquistanesa. Mesmo sendo rejeitado por outras circunscrições, ele pode ser eleito apenas com a maioria dos votos de um distrito.
A eleição está marcada para o próximo dia 11 de maio e os outros processos de candidatura ainda são avaliados.
Enquanto isso, Musharraf enfrenta na segunda (8) uma audiência no Tribunal Supremo paquistanês que pode definir um processo contra o ex-presidente por violação da Constituição ao convocar estado de exceção em 2007.