Folha de S. Paulo


Ban Ki-moon e ativista paquistanesa falam sobre educação e direitos humanos

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, conversou, nesta sexta-feira, com Malala Yousufzai, a ativista paquistanesa de 14 anos baleada pelo taleban em 2012.

"Eu posso andar. Eu posso falar. Eu posso fazer qualquer coisa!" disse Malala. Os dois conversaram pelo Skype sobre educação e igualdade de gênero nos mil dias que restam do prazo para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. O programa compreende oito metas de desenvolvimento definidas em 2000, com prazo até 2015.

Malala foi atacada pelo taleban paquistanês por se opor à proibição da educação feminina. Ela foi baleada na cabeça e no pescoço ao sair da escola. Duas outras meninas também ficaram feridas.

Na conversa, o secretário-geral chamou Malala de "símbolo da esperança" e "uma filha das Nações Unidas". "Quando educamos uma mulher, educamos uma família, uma comunidade e um país", disse. Nesta sexta Ban deu o início formal a uma campanha pedindo ação no combate à pobreza nos últimos mil dias até o prazo.

Malala disse que se voluntariou para trabalhar pelos direitos de meninas e que o caminho para a paz é pela educação. "Quero contar para o mundo o quão importante é a educação", disse.

"A ONU sempre estará com você e as muitas pessoas como você", disse o secretário-geral a Malala.

Os oito Objetivos do Milênio são educação, igualdade de gênero, pobreza e fome, mortalidade infantil, saúde maternal, combate à AIDS, malária e outras doenças, sustentabilidade ambiental e uma parceria global para o desenvolvimento.


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