Folha de S. Paulo


Fiéis fazem campanha nas redes sociais por um papa brasileiro

Um grupo de jovens católicos frequentadores da igreja Nossa Senhora das Dores, em Taubaté (interior de São Paulo), criou uma campanha que está circulando pelas redes sociais em favor da escolha de um papa brasileiro.

Desde ontem (12), 115 cardeais estão reunidos no conclave, no Vaticano, para eleger o próximo papa. Cinco brasileiros participam e podem ser votados. Deles, d. Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, é o mais cotado nas bolsas de apostas.

Com vídeo no Youtube, página no Facebook e conta no Twitter, os organizadores da campanha "Papa brasileiro, nós acreditamos" afirmam contar com o apoio de personalidades como o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e a socialite e arquiteta Brunete Fraccaroli.

Divulgação
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), com camiseta da campanha
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), com camiseta da campanha "Papa brasileiro, nós acreditamos"

O vídeo da campanha mostra cenas tipicamente brasileiras, como sambistas, um jogo de futebol, o Cristo Redentor, praias e fiéis em oração, intercaladas pela mensagem:

"O país do samba, do futebol, da Copa e da Olimpíada, o maior país católico do mundo unido num único sonho: ter um papa brasileiro, com a cara da nossa gente. Porque se Deus é brasileiro o papa também pode ser. Entre nessa corrente. Papa brasileiro, eu acredito."

A página no Facebook tem fotografias de Alckmin, do deputado estadual Campos Machado (PTB-SP) e d. Fernando Figueiredo, bispo de Santo Amaro, mostrando camiseta da campanha.

Para os criadores da corrente, ter um papa brasileiro seria uma forma de chamar atenção para problemas que afetam países subdesenvolvidos. "Um papa brasileiro serviria para chamar a atenção de problemas sociais no país, como a miséria e a fome, que ainda afetam muito o Brasil, apesar dos avanços nos últimos anos", disse à Folha João Batista Curi, 30, um dos organizadores da campanha.

Segundo Curi, cada integrante da campanha tem uma preferência entre os cinco papáveis brasileiros, mas eles não têm torcido por algum especificamente. "A gente se reuniu duas semanas seguidas para rezar o terço em intenção dos cardeais que vão escolher o papa, para que o escolhido seja brasileiro", disse.

O grupo de Taubaté não é o único a usar as redes sociais para fazer campanha por um papa brasileiro. Há pelo menos mais sete páginas no Facebook com o mesmo objetivo.

Brunete Fraccaroli disse não se lembrar do momento em que deu apoio à campanha e que não torce necessariamente por um papa brasileiro. A assessoria de imprensa de Alckmin não confirmou o apoio do governador à campanha nem sua opinião sobre o conclave até publicação desta notícia.


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