O Ministério da Defesa de Israel declarou nesta segunda-feira ter realizado um teste bem-sucedido de seu novo sistema de defesa, desenhado pela interceptar ainda no espaço o tipo de mísseis utilizados pelo Irã e a Síria.
O sistema Arrow 3, utiliza satélites "kamikaze", que miram mísseis balísticos acima da atmosfera da Terra, atingindo-os a uma altura suficiente para desintegrar os armamentos com segurança.
O teste realizado nesta segunda-feira foi do primeiro voo do Arrow 3, mas não envolveu a interceptação de nenhum alvo.
"O Teste examinou pela primeira vez as capacidades e a performance do Arrow 3, considerado o mais inovador e revolucionário interceptador do mundo", informou o Ministério.
Um funcionário do Ministério disse que o teste foi "100% bem-sucedido".
Em um comunicado, o premiê israelense Binyamin Netanyahu disse que "a mão de Israel sempre está estendida para a paz, mas também estamos preparados para outras eventualidades. Neste sentido, eu saúdo o teste bem-sucedido do Arrow 3".
O novo sistema, é parte do escudo antimísseis israelense, que inclui também sistemas para interceptar projéteis curto e médio alcance, este último ainda em desenvolvimento. Os sistemas podem ser utilizados juntamente com outros mecanismos, que assim como o Arrow 3, utilizam tecnologia conjunta com os Estados Unidos.
TENSÃO
O braço armado do movimento nacionalista Fatah prometeu nesta segunda-feira vingar a morte de um preso palestino que morreu no sábado em Israel. Segundo a Autoridade Palestina, a causa da morte teria sido tortura.
"Este horrível crime não ficará impune e prometemos ao ocupante sionista uma resposta", informou um comunicado da Brigada dos Mártires de de Al Aqsa distribuído no funeral do detento, Arafat Jaradat, de 30 anos, em sua cidade natal, no sul da Cisjordânia.
"As Brigdas de Al Aqsa choram com orgulho o seu herói, o mártir da liberdade , o prisioneiro Arafat Jaradat", dizia o comunicado", dizia o comunicado. O grupo informou que Jaradat era um de seus militantes.
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, disse em um discurso em Ramala que Israel quer provocar deliberadamente o caos nos territórios palestinos.
"Os israelenses querem o caos, nós sabemos, mas não vamos deixar que o façam", disse.
A morte do militante desencadeou uma onda de protestos na Cisjordânia.